Quando comecei a estudar para concursos por volta de 2004, só tinha uma única coisa em mente: área fiscal! Esse era o pensamento não só meu como de dezenas de outros amigos que começaram os estudos comigo, e com certeza de milhares de candidatos ao longo do Brasil. Outros ainda tinham na cabeça os concursos para PF.
A área fiscal, bem como a PF, realmente é uma excelente opção, principalmente devido às ótimas remunerações dos caragos de Auditor Fiscal e pela não exigência de graduação em uma área específica.
Não quero aqui “desprestigiar” os concursos para tal área, muito pelo contrário, quero apenas ajudá-los a “abrir o horizonte”.
O estudo para área fiscal, no entanto, esbarra em 2 problemas:
1- O primeiro é a quantidade de matérias a ser estudada, é preciso ser um especialista tanto em exatas (contabilidade, raciocínio lógico, matemática financeira e etc...) quanto em direito e demais humanas.
2- O segundo problema, que considero o maior deles, é a regularidade dos concursos e o local de lotação. Explico:
Os concursos fiscais são basicamente 2 tipos:
- Receita Federal (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e Analista Tributário da RFB) – São concursos de abrangência nacional, indiscutivelmente excelentes cargos, mas que a regularidade do concurso e a lotação após a aprovação são imensas incógnitas.
- Fiscais Estaduais (vulgo ICMS´s) – Geralmente é o sonho do morador daquele determinado Estado. Neste caso, o local de lotação é o menor dos problemas, porém a regularidade do concurso é o principal entrave. São Paulo até que tem feito concursos com regularidade (3 anos). Rio de Janeiro já fez 5 concursos seguidos em 3 anos, mas estava há 20 anos sem realizá-los. Goiás está desde 2004 sem concurso e a expectativa de próximo é, no mínimo, 2013...
(Há ainda os concursos de Fiscal Municipal – ISS – mas, considero que ninguém estuda exclusivamente focado para tal).
Agora, pensemos nos tribunais:
O Poder Judiciário tem o STF, e 4 tribunais Superiores (STJ, STM, TST e TSE) – já temos aí 5 concursos.
No Brasil temos 27 unidades da federação – cada uma com seu TJ, além dos TRTs, TREs, TRFs.
Se você, por exemplo, mora em Goiás e não quer sair do Estado,de jeito nenhum, você tem 4 opções: o TJ, o TRE, o TRF, o TRT. Se você mora em Brasília, então, nem se fala, pois ali estão as sedes dos tribunais superiores.
E o melhor ainda está por vir:
Estudando para Tribunais, existe um corpo básico de matérias (Português, Constitucional, Administrativo e etc...) comum a todos! Devendo o aluno apenas focar nas matérias específicas daquele tribunal após a saída do edital.
Além disso, as matérias se aproximam bastante do concurso do Ministério Público, que passa a ser mais uma opção.
E a remuneração, Vítor? A remuneração é, realmente, menor do que a da área fiscal, porém, está longe de ser uma merreca! Mas a pergunta é: Será que o salário indireto (lotação, ambiente de trabalho e etc.) não compensa?!
Cabe a você decidir... A pergunta foi lançada!
Caso você seja estudante da área de Tribunais ou venha a se interessar por este foco de Estudo, lembro que já temos a proximidade de importantes concursos: TSE, TJDFT, TRT 11ª região (Amazonas)... entre outros.
E para quem quiser começar já em alto nível, divulgo a abertura de 4 cursos para tribunais, todos pelo Ponto dos Concursos:
- TJDFT – Analista área Judiciária;
- TJDFT – Noções para Analista (administrativa) e Técnico;
- Direito Constitucional nas 5 fontes para Tribunais e Ministério Público – área judiciária;
- Noções de Direito Constitucional nas 5 fontes para Tribunais e Ministério Público – área administrativa e técnico.
Grande abraço e excelentes estudos.
Vítor Cruz
Mto bom o texto Vitor,
ResponderExcluirTb tinha esse pensamento fixo na AFRFB.
Mas depois que me identifiquei bastante com a matéria do Direito, confesso que cai mais para a parte de tribunais.
Acho uma ótima opção e concordo com vc em relação a qtade de concursos q temos nessa área..sao 27 Estados e diversos tribunais em cada um deles.
É uma ótima oportunidade para quem deseja se tornar um servidor!
abraços e saudações de um concurseiro!
Interessante essa observação Vitor. Venho pensando tirar o foco da área fiscal e partir para os tribunais. Não aguento mais esse peso nas costas.
ResponderExcluirObrigadíssimo!!!
André
Meu sonho é ser um técnico judiciário (ou analista, quem sabe). Um dia eu chego lá! Excelente blog!
ResponderExcluirabraços
Edu
O texto é bom mas infelizmente desatualizado. O TJDFT emitiu uma nota na intranet afirmando não ter previsão de novo certame, o que pra mim foi um balde de água gelada.E lá se vão quase 2000 convocados. Resta saber se o boato procede. Abs
ResponderExcluirTirando o fato relevante da baca ser diferente, se uma pessoa estuda para AFRFB, não poderia fazer um desvio para um edital pontual de um tribunal e fazer uma "miséria", ou seja, não há esse alinhamento potencial?
ResponderExcluirAbraços Vampi!
Esse pequeno desvio é possível sim...
ResponderExcluirSou a prova disso...rsrs
Abraços
Vítor Cruz